Pode o padel ser mais do que um desporto? Empresas e profissionais dizem que sim.

Pode o padel ser mais do que um desporto? Empresas e profissionais dizem que sim.

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    Um desporto social que junta exercício físico com network. Esta é a dupla faceta de uma modalidade desportiva inclusiva e para todas as idades, que cada vez mais junta empresas, executivos e desportistas. A 4.ª edição de A Bola Padel Corporate League comprova o impacto da atividade.

A 4.ª edição de A Bola Padel Corporate League teve casa cheia para o arranque de mais um torneio de padel onde executivos, gestores e profissionais de vários setores de atividade mostraram a sua paixão pela modalidade e ainda aproveitaram para um momento de networking.

O evento desportivo, organizado pela CS Solutions, liderada por Tiago Chiote, realizou-se no dia 18 de abril, no W Padel Country Club, em Lisboa, pela primeira vez com o inovador formato Pro-AM que colocou frente a frente profissionais e amadores. Ou seja, o torneio de abertura contou com a presença de sete dos melhores profissionais do padel nacional – Pedro Graça Diogo Jesus, Henrique Orge, Bruno Pedrosa, Plínio Ferrão, Constança Gorito e Luísa Roque de Pinho – que jogaram ao lado de representantes dos principais sponsors do torneio, responsáveis de primeira linha dos patrocinadores que praticam padel.

No total, este surpreendente “speed tournment” Pro-AM de arranque da edição reuniu 40 empresas e dezenas de jogadores para um animado e disputado torneio que pôs em confronto profissionais do padel e amadores. A dupla Plínio Ferrão e Luís Ribeiro, responsável de fisioterapia da Fisiogaspar, foi a vencedora.

Tiago Chiote não hesita em afirmar que “o balanço do Pro-AM foi bastante positivo, principalmente pela experiência que pudemos passar aos líderes que representaram os nossos principais patrocinadores, mas também aos jogadores de topo nacional que acabaram por ter uma competição numa linha muito mais divertida e ter oportunidade de estar num ambiente mais corporate e partilhar ideias com algumas das marcas que apostam no padel nacional”.

Mais do que incentivar a prática desportiva e a adoção de estilos de vida saudáveis, a Bola Padel Corporate é também um espaço privilegiado para fomentar o teambuilding entre os colaboradores das empresas participantes e promover o networking entre todos os profissionais presentes. Esta é a opinião de Andrea Rocha, Brand Manager da Carlsberg, empresa que desde a primeira hora se associou a esta iniciativa. “Desde 2017 que nos promovemos e ativamos no território do padel. É um território de eleição. Fomos a primeira marca a desenvolver um campeonato no meio da cidade do Porto, em 2017/2018. A partir daí desenvolvemos e progredimos em termos de evolução com a própria modalidade. Já faz parte da génese da marca trabalhar este território não só com os seus públicos externos, sejam eles consumidores, parceiros, clientes que ativamos, mas também com os nossos públicos internos. Isso é muito importante. Temos ativado imenso e isso também gera um espírito de competição muito interessante nas equipas internas”, explicou Andrea Rocha.

    “(…) para os CEOs acaba por ser um bom momento de networking entre as empresas”.

Também Leonardo Brito, Network Manager da Trueclinic, reconhece que “o Padel tem vindo a ser cada vez mais um palco para o networking. Nós próprios já vivenciamos este tipo de situações. Cada vez mais há empresas a apostar no padel. Portanto, para os CEOs acaba por ser um bom momento de networking entre as empresas”.

O melhor do desporto e do networking

“Acima de tudo é uma forma de praticar desporto, aliviar um bocadinho o stress, algo saudável que acaba por ter impacto quer na vida pessoal, quer na vida profissional. E sentirmo-nos cada vez melhores em todos os perímetros do dia a dia”. É desta forma que Luís Fernandes, Managing Partner & Founder da Decskill, reconhece a influência que o padel tem no seu dia a dia, uma atividade que, explica, é também “um bom palco para, acima de tudo, encontrarmos amigos. Tudo o que acontecer depois disso é uma consequência”.

Semelhante é a opinião de Melissa Ricardo, People Operations Manager na Ignít, para quem “o melhor do padel é não só o desporto como o networking e o ambiente social que se vive no padel”. Confessa que a sua paixão pelo padel “surgiu depois de ver alguns jogos, mas sobretudo depois de ter jogado a primeira vez. A partir daí a paixão instalou-se e foi passada a todos os membros da equipa e hoje em dia estamos aqui todos a jogar”.

    “(…) há sempre um espírito de comunidade que se cria em que as pessoas depois partilham as suas experiências(…)”.

Também Luís Ribeiro, responsável de fisioterapia da Fisiogaspar, conheceu o padel através de amigos e agora reconhece que este tipo de iniciativas são propícias para se fazerem negócios e criar networking. “De todas as modalidades que eu conheço e que tenho tido contacto ao longo da minha vida, acho que o padel é aquela que mais proporciona este tipo de contacto. Por várias razões: as pessoas que jogam padel têm diferentes níveis e como têm diferentes níveis os jogos são sempre muito equilibrados, ou seja, não há aquela possibilidade de ter um jogador muito bom e um muito mau e depois criar o sentimento de competição que afasta as pessoas. E no final, como são jogos a quatro, há sempre um espírito de comunidade que se cria em que as pessoas depois partilham as suas experiências”, revela.

Contudo, numa vertente mais desportiva, Luís Ribeiro sugere que “antes de mais o fisioterapeuta deve, como se diz em inglês, “pray what you preach”, ou seja, se nós dizemos aos nossos doentes que têm de fazer um bom trabalho de preparação física, um bom trabalho de prevenção de lesões, o primeiro conselho que dou é se vai jogar padel, que tenha a certeza que está bem preparado porque jogar padel é mais do que estar só ali a bater umas bolas. O padel tem gestos técnicos que no nosso dia a dia não estamos habituados a fazer. Não há ninguém no escritório que se ponha a correr num espaço de 2m2 de trás para a frente”.

Marta Leão, da Mimosa, descobriu o padel na altura do Covid e reconhece que este tipo de iniciativas são muito importantes para as empresas e para fomentar o espírito de equipa. “São super importantes porque são momentos lúdicos, em que nos conhecemos, em que passamos a conhecer outra faceta dos outros, o que é muito importante para nos relacionarmos uns com os outros”.

Na perspetiva de Luís Batista, Chief Operations Officer & Executive Board Member da Capgemini, o padel é o novo golfe e explica porquê. “Se se lembrarem há alguns anos falava-se muito do golfe como um desporto elitista onde as pessoas de negócios, os C-levels, as pessoas com responsabilidades nas empresas se juntavam e tratavam de negócios. Eu acho que hoje em dia, e basta olhar para este ambiente, começamos a ver também isto no padel, ou seja, o padel é um desporto inclusivo que abrange todas as idades, todas as categorias sociais, todos os géneros (…). Temos aqui clientes, parceiros a jogar e é claramente um sítio onde essas relações se desenvolvem. Porque as empresas são feitas de pessoas e relações”.

    “É um desporto que permite uma curva de aprendizagem muito rápida e que consegue juntar o melhor de dois mundos, a prática de atividade física com a prática da atividade social”.

E quais os melhores argumentos para incentivar outros executivos a juntarem-se a esta iniciativa e a praticarem esta modalidade? Luís Batista destaca que “o facto de hoje em dia termos já uma abrangência social muito grande dentro deste desporto é por si só um dos argumentos. Mas há outro argumento também muito importante para aqueles executivos e pessoas que vivem uma vida muito sedentária: este é um desporto que é fácil de praticar, ou seja, não é um desporto demasiado exigente a nível físico. É um desporto que permite uma curva de aprendizagem muito rápida e que consegue juntar o melhor de dois mundos, a prática de atividade física com a prática da atividade social, do networking, do engagement entre as pessoas. Posso dizer que hoje em dia o meu núcleo de amigos mais próximo é o núcleo de amigos do padel. Porque os vejo todas as semanas”, revela.

Ensinamentos para a vida empresarial

Afinal que ensinamentos se podem retirar da prática desta modalidade para o mundo dos negócios?  Imensos, não hesita em afirmar a Brand Manager da Carlsberg. Para Andrea Rocha, “na realidade são imensos os ensinamentos que nós retiramos. Este espírito é muito pessoal, por um lado, no sentido de superação, de querer fazer sempre melhor e isso também se reflete no dia a dia profissional. Mas este espírito de equipa, esta conexão entre as pessoas, a resiliência, até o próprio planeamento quando treinamos, quando vamos a eventos, é também para progredirmos e para melhorarmos. Tudo isso acaba por desenvolver competências muitas vezes comportamentais que nós até acabamos por conseguir adquiri-las com o passar do tempo com profissionalismo, com experiência, mas na prática este tipo de dinâmica e modalidade ajuda-nos a construir e a desenvolver essas competências comportamentais”.

    “no mundo dos negócios, os CEOs precisam de ter um alto espírito de competitividade e o padel acaba por nos dar isso”.

Quem também partilha esta visão é o Network Manager da Trueclinic, que lembra “a questão de competitividade e o espírito de liderança que o padel nos pode dar para o mundo dos negócios”.  Leonardo Brito refere que “no mundo dos negócios, os CEOs precisam de ter um alto espírito de competitividade e o padel acaba por nos dar isso”.  Assim como ao contrário já que, explica, “do mundo dos negócios poderemos retirar também a competitividade”.

Por sua vez, Marta Leão, da Mimosa, destaca “o espírito de equipa, o focarmo-nos no que é importante para este momento, na antecipação dos movimentos porque no padel temos de antecipar senão perdemos a bola e perdemos o jogo com facilidade. E nos negócios também temos de ter essas noções”. Por isso, se tivesse que “convencer” um colega de trabalho a juntar-se à equipa de padel, dir-lhe ia que é “um evento muito social, de convívio, que leva a  mexermo-nos”.

    “o padel, pode não parecer, mas é um jogo muito de estratégia, de alcance de objetivos e de conseguir definir a melhor meta para atingir em determinado ponto”.

Na perspetiva de Melissa Ricardo, People Operations Manager na Ignít, os ensinamentos que retira desta atividade desportiva são vários. “Do padel para o mundo dos negócios, o networking, a comunicação e o espírito de equipa. Do mundo dos negócios para o padel, um pouco do mesmo, também o networking e a comunicação, mas também a estratégia”. Explica ainda que “o padel, pode não parecer, mas é um jogo muito de estratégia, de alcance de objetivos e de conseguir definir a melhor meta para atingir em determinado ponto”.

Também para o Managing Partner & Founder da Decskill a aprendizagem que se retira desta prática e destas iniciativas é “acima de tudo competição com lealdade. Quer na empresa, quer no desporto queremos sempre ganhar, mas de uma forma leal quer connosco quer acima de tudo com os adversários”.

Aprende-se também “a falhar menos e a levantar a cabeça quando se falha e isso no padel é uma lei universal. E é a mesma lei que se aplica no trabalho, que se aplica no nosso dia a dia”, afirma Luís Batista, Chief Operations Officer & Executive Board Member na Capgemini. E, acrescenta, “nós falhamos porque somos humanos e temos de aprender a lidar com esses falhanços, temos de levantar a cabeça e perseguir os nossos objetivos. No caso do padel é ganhar o jogo mesmo quando se falha. No caso da vida e dos negócios também há bons e momentos menos bons. E quando os momentos menos bons existem devemos levantar a cabeça tal como no padel e procurar a próxima bola vencedora”.

O CEO & Founder da Noori, Diogo Sousa Coutinho, acrescenta que “o padel tem muito cabeça, xadrez e calma. São três coisas importantes no mundo dos negócios e ajuda bastante a desanuviar a cabeça para depois concretizar esses negócios”.

“Costumo dizer que quando entramos em campo, entramos para nos superarmos, para nos divertirmos especialmente. Este sentido sempre de melhoria é algo que está intrínseco em todos nós como pessoas, mas na realidade o negócio faz-se fora de campo para a Carlsberg. É um momento social, é um momento de convívio e é aí que nós atuamos. De certa forma, acho que somos privilegiados porque o target são todas as empresas que aqui estão. Quem é que não gosta no final de um jogo beber uma Carlsberg fresca, não é?”, conclui Andrea Rocha.

A par da edição de Lisboa que se realiza todas as quintas-feiras, no W Padel Country Club (entre as 19H e as 23H), até dia 4 de julho, a Bola Padel Corporate League também vai acontecer no Porto, nos dias 22 e 23 de junho. A final nacional está marcada para 13 de julho para juntar novamente o melhor da prática desportiva com o network empresarial.

A 4.ª edição deste torneio de padel tem como patrocinadores e parceiros a Carlsberg, TrueClinic, 4moove, Capgemini, Decskill, Fisiogaspar, Head, Ignit, Mimosa, Noori, Clube TAP, Iris Pub, Shore, Bekind, CRC, Delta, Escola de Comércio de Lisboa, Fruut, Quinta do Coro, Tanquery, Uriage, Vila Galé, Foreland, A Bola, Dream Media e Padel 365. O Link to Leaders é media partner.


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